Vou embora de uma vez e espero que me deixe ir

Quero que entenda que isso é só um desabafo. Cada linha aqui contida foi escrita a base de pedaços de mim retirados. Como uma criança que cutuca seu machucado para deixá-lo ali exposto por mais alguns dias, única e simplesmente pelo fato das casquinhas “coçarem” enquanto cicatrizam. Nada aqui é para magoar, ferir ou ofender. É só o que há em mim a tempos, guardado, escondido.

Não que eu seja ruim e que não o ame mais, nada disso. Pelo contrario; o amo desesperadamente. Por isso aqui abro mão da minha felicidade para vê-lo seguir em paz e feliz. Essa história de esperar, alimentando esperanças já cansou, tanto para um como para o outro. Eu cansei de esperar e você cansou de me ver esperar. Por isso a partir de agora é o que chamo de fim definitivo.

Eu tentei ser paciente, tentei esperar com todo o meu coração, mas enquanto os dias passavam, meu coração despedaçava junto deles. Tentei prometer a mim que ter você por perto como amigo era melhor que não ter, mas cheguei à difícil conclusão de que isso não é verdade. Dói mais.

Então, com o coração apertado dou aqui meu adeus, mesmo que temporário; apenas pelo tempo em que eu não conseguir vê-lo como alguém que deixou apenas lembranças; só enquanto eu necessitar do seu amor para o meu coração bater. Eu volto, um dia eu prometo voltar. Mas até lá, não pense em mim como alguém que apenas chorou sua ausência e sim alguém que te amou e precisou se afastar para encarar as coisas como você encarou desde o inicio.

Dói, mas esquecer talvez tenha se tornado uma necessidade, pelo menos para mim. Não quero nunca mais ouvir que me ama enquanto te tenho longe, distante como alguém que jamais fez parte da minha história, enquanto divide a sua história ou pelo menos dias dela com outro alguém. Que não seja ninguém em especifico, mas ainda sim, alguém que não eu!

Vou embora. E dessa vez, não da sua cidade; mas sim do seu convívio, abandono… chame como quiser. Mas aqui deixo de fazer parte de qualquer canto da sua vida e deixo também que vá, que siga, e não espero que olhe para trás; o momento disso acontecer passou, como uma leve brisa nos nossos rostos enquanto caminhávamos um dia junto pela praia. Tocou em cada um de nós, mas passou.

Se nada até agora se resolveu, não serão mais alguns meses que resolverão. Vou embora de uma vez e espero que me deixe ir. Egoísmo a essa altura de nada adiantará. Não pertencemos mais um ao outro; aliás, acho que isso nunca aconteceu. Amei-te sempre com liberdade. Então, com a mesma, deixo-o.

— Thamires Viel Agostini

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Nascido em Juruaia, a famosa Capital da Lingerie em Minas Gerais, descobri minha paixão pela escrita em 2011 e desde então escrevo como um passatempo gratificante. Como criador do site Verdadeiramente.com.br, busco compartilhar minhas reflexões e perspectivas únicas sobre a vida. Meu objetivo é inspirar e desafiar as pessoas a pensar de maneira diferente, enquanto compartilho minha jornada pessoal de autoconhecimento.

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