Sua partida é minha doce e irremediável cruz
Você me matou e à sete palmos me enterrou. Sua passagem pela porta resultou no fim da minha doce vida. Sem dó nem piedade você cravou a faca em meu peito. Não pude correr, não pude me esconder. Não pude ir para longe de você. Tudo passa pela minha mente. Hoje tudo são lembranças. Minha vida amargurada não tem sol, e nem a luz da lua, que em noites de lua cheia admirávamos com olhos brilhando. A escuridão e a solidão são minhas doces inspirações. E sua partida é minha doce e irremediável cruz. Eu sonho com céus ensolarados, mas só vejo chuva e trovoadas. E é tão duro seguir com você em mim cravado.
— Antônio Reis