Me deixei levar por palavras!
by Antônio Reis 13 de setembro de 2012
Estava a dois passos do paraíso, quando a bomba explodiu. Eram fragmentos de mentiras por todos os lados. Fragmentos de perda de tempo, tristeza, lágrima, amor de apenas um lado. Como eu não me contento com migalhas, deixei os restos no chão e segui. Mas como tudo chegou a este ponto? Porque me deixei levar por palavras!
Deixei-me levar por aquela batida imensa e incontida no coração, quando te via. Deixei-me levar pela amizade e companheirismo, quando conversávamos. Deixei-me levar por seu olhar que dizia “Eu te amo”. Deixei-me levar por seu suspiro; quando eu olhava pra você, mordia os lábios e dizia: “Eu te quero amor”. Amor não é nada disso. Isso tudo é engano!
Sabe; na verdade, o amor é algo mais simples. É enganar a si mesmo, não assumir nada do que faz, é sumir, é negar. Amar alguém não importa. O importante é saber viver sem aquela pessoa. Chega a hora em que você falava com aquela pessoa, vem aquele vazio imenso dentro de você; vem à sua mente a pessoa, mas isto não importa.
Vou contar para vocês um segredo: o amor pode conter-se; o amor pode esconder-se; o amor pode sufocar dentro do peito; o amor pode ter fim. Se você conhece alguém que te faz suspirar, coração bater mais forte, mesmo quando a única foto que você vê da pessoa é uma pata no msn; ou sequer vê a pessoa por dias, meses; fica a dica: mereça o amor desta pessoa.
O tempo passa bem rápido. Verdades são ditas, palavras magoam, brigas acontecem, mas nada no mundo destruirá dentro de você, aquela sensação de ter dado amor demais a quem só fingia. Se aquela pessoa tira o sono, não sai da sua cabeça, mas você morre de medo dela sumir, você está acabado: é amor. E nada no mundo mudará isto; portanto, se você magoou por simples prazer, por pura crueldade, a vida se encarregará de dar a pior lição em você: a ausência daquela pessoa em sua vida!
Como está sua vida sem a presença da pessoa? Como está seu interior? Valeu a pena mentir, omitir e fazer joguinho? A vida vai continuar para você. Será que vai continuar mesmo?
— Lília Amorim
