Olá, querida insônia
by Antônio Reis 27 de março de 2013
Olá, querida insônia. Eu senti sua falta. Acreditei que nesta noite seria diferente, que nesta noite não me encontraria com você, que nesta noite você não me provocaria… obviamente me enganei.
Lembra-se quando meus sonhos pesavam mais do que você, que minhas vontades de ver um amanhecer eram mais importantes para mim. Lembra-se quando ainda não conhecíamos o amor, ou pior ainda: o desamor; e juntos, em silêncio, conversávamos em meus pensamentos sobre cada nova experiência.
Querida insônia, acompanhante de tantas inspirações e melancolias, te convido que supere o passado e anseie outros futuros, que visite outras casas, outros olhos, outras tristezas e outras angústias. Te convido que me abandone, igual fazem todos os meus amores. Te convido que seja feliz em outro coração quebrado, ou em outra paixão esperançosa.
Isso não é um adeus definitivo, querida insônia; é um tchau até que voltemos a nos apaixonar, até que voltemos a doer.
— Antônio Reis
